Por Caio Gabrig Turbay
Para a Agência de Notícias da Universidade Federal do Sul da Bahia
Andar pelas praias de Arraial D’Ajuda, em períodos de marés cheias, é um desafio. Em muitos trechos, a praia é dominada por construções que avançam sobre a faixa de areia. O caminhante se vê obrigado a subir em muros ou encostar em paliçadas de madeira, sob risco de tomar um banho das ondas que arrebentam contra as construções.
Mas as estratégias de ocupação de áreas costeiras podem estar com os dias contados. É que o mar lentamente está pegando de volta as regiões roubadas pelo homem. Durante as marés mais altas, a força das ondas realiza a retomada das terras, enfraquecendo os muros e desenterrando as cercas de madeira. O trabalho é mais intenso durante as ressacas, quando as marés recebem a ajuda dos ventos e das ondas que chegam do oceano. No inverno, período em que acontecem grandes tempestades no Atlântico Sul, é comum a destruição de algumas construções. Os trabalhos de reconstrução de muros, aterros e cercas acontecem todos os anos.
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