Opinião
Por Caio Gabrig Turbay
No ano de 2006 entrei na universidade pública brasileira. Após intenso escrutínio por profissionais da minha área acadêmica, finalmente havia me tornado um professor.
Antes disso, tinha mais tempo de experiência profissional em empresas privadas, que na academia, em áreas que iam além da minha vivência como acadêmico.
Após o concurso, os avaliadores devolveram meus documentos, juntamente como o currículo que havia sido avaliado. Ele estava rabiscado a lápis e revisado a partir de um modelo padrão de pontuação (barema). Para a minha surpresa, os itens relativos à minha experiência profissional fora da academia, estavam zerados.
Alguns anos depois, já um professor com mais vivido, fui convidado para participar de um grupo de criação de um curso de pós-graduação. Dentro dos quesitos que vinham da CAPES, a agência governamental de fomento ao ensino de Pós-Graduação, estava uma métrica, que entre outros coisas, pontuava principalmente a produção acadêmica, em números de trabalhos publicados.
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